Perguntas Frequentes
Existem diversos tipos de nódulo de mama e a maioria deles é benigno, ou seja, não é câncer.
Para podermos dizer se o nódulo é câncer ou não, iniciamos a sua avaliação primeiramente pelo exame físico: tamanho, localização, consistência. Além da mama, também avaliamos a região axilar, já que existe a possibilidade de haver alguma alteração nos linfonodos da região.
O próximo passo será a avaliação radiológica. A mamografia é uma grande aliada no diagnóstico do câncer de mama e nos traz informações importantes relacionadas ao tamanho do nódulo, presença de outras alterações não palpáveis como microcalcificações suspeitas, ou outras alterações que possam não ter sido notadas no exame físico.
Dentro da avaliação radiológica de nódulos palpáveis é fundamental a realização de ultrassom, pois é através dele que será possível realizar uma biópsia caso, de fato, o nódulo seja suspeito, para que possamos ter confirmação se há câncer ou não.
Todo nódulo merece ser avaliado pela sua mastologista, mas fique tranquila pois. Como a maioria dos nódulos nas mamas não é câncer, na maioria das vezes, não será necessário fazer cirurgia ou quimioterapia para garantir a sua saúde.
Ao contrário do que a maioria das pessoas acredita, a colpocitologia oncótica, mas conhecida como Papanicolau, foi criada em 1928 com o objetivo de identificar células alteradas no colo do útero. Seu objetivo nunca foi a identificação de infecções bacterianas ou de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
O Papanicolau tem o objetivo de identificar precocemente lesões e alterações que possam ser pré-cancerosas ou cancerosas no colo do útero. E ele cumpre essa função muito bem. Desde a sua criação, o Papanicolau é considerado um exame preventivo, pois possibilita o tratamento de lesões pré-malignas pela sua identificação precoce, e com tratamentos menos agressivos.
A cura relacionada ao câncer de colo de útero em mulheres que realizam o exame de rotina, chega a 92%. Já nas mulheres que têm o diagnóstico de câncer de colo de útero tardiamente, a taxa de cura cai para cerca de 66% (dados do INCA).
Por isso, não deixe de realizar seu exame de rotina e, caso tenha alguma queixa que possa ser relacionada a ISTs, converse com a sua médica para identificar a necessidade de fazer exames complementares.
A mamografia tem como objetivo a identificação de lesões pré-malignas ou de tumores iniciais na mama, sem que tenha ocorrido qualquer alteração ou queixa mamária por parte da mulher.Consequentemente, ela é recomendada a todas as mulheres brasileiras a partir dos 40 anos, mesmo sem qualquer queixa.
No Brasil, a idade da primeira mamografia de rotina costuma ser mais baixa que em outros países da Europa e dos EUA pelo perfil de mulheres com câncer de mama aqui no país. Infelizmente, a taxa de câncer de mama em mulheres jovens (abaixo dos 40 anos) chega a 12% no Brasil. Já nos outros lugares citados é de apenas 4-6%. Populações diferentes, recomendações diferentes.
Antes dos 40 anos, é recomendada a realização de exames de rastreamento em mulheres consideradas de alto risco, ou seja, que tenham história familiar importante, já tenham realizado cirurgia por alterações suspeitas, que tenham mutação genética já conhecida ou ter sido exposta a radiação anteriormente.
Caso tenha dúvidas quanto ao melhor exame a ser realizado ou quando iniciar seu rastreamento, fale com sua médica.
Todo mundo já ouviu falar sobre diabetes, mas costumamos associar essa doença a crianças ou a idosos. Quando atendo uma gestante e falo para ela que está com diabetes, a primeira reação sempre é a desconfiança, por nunca ter tido esse diagnóstico até aquele momento.
Como o próprio nome diz, a diabetes gestacional é uma fase de aumento da glicemia materna que ocorre por aumento de hormônios produzidos pela placenta, que após o nascimento do bebê e sua retirada, deixa de existir. Muitas mulheres se descobrem diabéticas de fato após a gestação, mas por características pessoais e familiares, sendo casos de exceção.
Atualmente, quando atendo uma gestante com diabetes, oriento passos como reeducação alimentar inclusive após parto, pois é sabido que as mulheres com diagnóstico de diabetes gestacional, terão maior propensão ao diagnóstico de diabetes ao longo da vida.
Importante salientar que ter diabetes não necessariamente implica em uso de medicações ou insulina. Na maior parte das vezes, apenas com a mudança na alimentação e a prática de exercícios é possível controlá-la. E naquelas mulheres em que houver necessidade de uso de insulina, vale destacar que ela não é capaz de passar pelo cordão umbilical, não havendo qualquer tipo de dependência de seu uso nem para a mãe, nem para o bebê, após o nascimento.
A gravidez é o intervalo de 9 meses na vida de uma mulher que provoca as maiores mudanças possíveis para um corpo humano. Durante a gestação existem mudanças hormonais, cardiológicas, renais, respiratórias – todas para oferecer o melhor ambiente para formação e desenvolvimento de um novo ser vivo. Para que isso ocorra de forma a não trazer desequilíbrios para a vida da mãe, um bom equilíbrio alimentar, de descanso, atividade física e emocional são fundamentais.
Quando existem fatores que possam atrapalhar esse equilíbrio, quer seja da parte materna quanto da parte fetal, falamos em gestação de alto risco. Pode-se incluir doenças que existiam antes da gestação, alterações na saúde da mãe decorrentes da gestação ou alterações identificadas no feto.
Cada alteração que for identificada, precisa ser avaliada de forma individualizada, por isso a importância em ter um obstetra especialista em gestação de alto risco.
Apesar da crença de que uma mulher que tenha tido um primeiro parto cesáreo não possa ter parto normal nas próximas gestações, isto não pode ser encarado como regra. De fato, a cada cirurgia uterina que a mulher sofre, uma serie de possíveis complicações podem ocorrer em uma gestação seguinte, por isso a importância desse cuidado desde a primeira gestação. No entanto, uma cicatriz decorrente de uma cesárea não impede que este mesmo útero possa evoluir para um parto normal numa gestação seguinte.
Muitas mulheres, que sabem da importância do parto por via vaginal, tanto para benefício da saúde do bebê quanto para a própria recuperação, eventualmente tem seu parto convertido para cesárea por alguma intercorrência e já iniciam uma segunda gestação com receio de como será o parto. O risco de ruptura uterinaassociado ao trabalho de parto normal após uma cesárea é menor que 1%, e pode ser identificado durante o acompanhamento do trabalho de parto.
Caso mãe e bebê estejam bem, e o parto anterior tenha sido há pelo menos 1 ano, não existe contraindicação para se buscar um parto vaginal.
Muitas mulheres, antes da maternidade ou entre gestações, realizam cirurgias na mama, tanto reparadoras quanto para retirada de nódulos. Fato é que a maioria destas cirurgias não altera a estrutura da mama nem modifica os ductos responsáveis por drenar o leite produzido na periferia da mama para o mamilo.
Por exemplo, a prótese mamária, que se encontra ou atrás do musculo peitoral ou entre o musculo e a glândula mamária, e não modificaa estrutura do tecido. Já a maioria dos nódulos mamários se encontra na periferia da mama, e a sua retirada também não tem relação com a estrutura do órgão.
As cirurgias redutoras das mamas, que mudam o posicionamento do mamilo e reduzem a quantidade de tecido mamário, podem interferir em algum grau na produção e drenagem de leite, no entanto isto não é regra. Muitas mulheres que realizaram esta cirurgia conseguem manter o aleitamento de forma adequada.
Se o seu desejo é amamentar, não se prive de buscar por ele, independente da cirurgia realizada, porque de uma forma geral, sim, é possível.