Alterações Benignas Das Mamas

A maior parte das mulheres associa o médico mastologista ao diagnóstico e tratamento do câncer de mama. Mas essa especialidade é muito mais abrangente e trata todas as doenças relacionadas às mamas, sejam elas alterações benignas ou malignas. De fato, a maior parte das doenças da mama são benignas, ou seja, não são câncer.

Dentre as alterações benignas da mama, as mais comuns são:

Mastalgia

Também conhecida como dor mamária, a mastalgia é um dos principais sintomas das alterações benignas das mamas e acomete cerca de 70% das mulheres, de acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia.

Embora a maior parte das mastalgias seja benigna, muitas mulheres acreditam que a dor pode estar relacionada ao câncer de mama. Entretanto, o câncer de mama é, geralmente, uma doença silenciosa e a dor mamária não costuma ser um dos seus sintomas característicos.

As mastalgias podem estar relacionadas à oscilação do hormônio estrogênio, e é comum uma intensificação do quadro no período pré menstrual, na gestação e menopausa. Elas podem ainda estar relacionadas à inflamação das mamas, cisto mamário ou traumas. Quadros de artrite, contratura muscular e fibromialgia também podem causar mastalgia.

A orientação geral é que qualquer dor nas mamas deve ser avaliada pelo mastologista para que se possa obter um diagnóstico e buscar o tratamento adequado.

Nódulos de mama

Os nódulos de mama estão entre as queixas mais comuns nos consultórios dos mastologistas e ginecologistas. Muito comuns entre mulheres jovens, os nódulos benignos de mama são caracterizados pela presença de caroços na região das mamas e/ou da axila.

Os nódulos de mama podem ter causas diversas, como cistos, tumor phyllodes, fibroadenoma e, raramente, câncer. A causa mais prevalente de nódulos benignos de mama é o fibroadenoma.

De causa desconhecida, o fibroadenoma é um tipo de lesão benigna da mama que parece estar relacionada às alterações dos níveis de estrogênio, podendo alterar de tamanho em diferentes fases do ciclo menstrual.

Os nódulos de mama são geralmente identificados nos exames de imagem e, dependendo de suas características, o mastologista poderá solicitar uma biópsia para avaliar a lesão com precisão.

Cisto mamário

Cisto mamário, também conhecido como quisto mamário, cisto na mama ou cisto no seio, é a lesão mamária benigna que mais acomete as mulheres. Eles podem surgir em mulheres e homens de qualquer idade, mas são mais comuns entre os 35 e 50 anos. A paciente pode apresentar um ou múltiplos cistos em uma ou ambas as mamas.

Geralmente fáceis de palpar, os cistos costumam ser descritos como caroços redondos ou ovais, macios e que se parecem com pequenos “balões de água”.

Os cistos mamários podem ser classificados de acordo com o seu tamanho microcistos (geralmente identificados em exames de imagem) e macrocistos (grandes o suficiente para serem palpáveis).

Cistos nas mamas simples e assintomáticos não requerem tratamento. Já cistos grandes e/ou que causam dor podem ser retirados. Isso porque, além do desconforto, cistos grandes atrapalham a visualização de tecidos mamários em exames de imagem e podem dificultar a detecção de lesões malignas.

Embora cistos sejam lesões benignas, cistos complexos podem ser sinal de câncer de mama em raros casos.

Mastite

A mastite é a inflamação do tecido mamário e pode ser acompanhada de infecção bacteriana. Embora geralmente acometa lactantes (mastite lactacional), a doença pode ocorrer em mulheres, homens e crianças.

Os sintomas da mastite geralmente incluem dor localizada na mama, dores no corpo, calafrios, cansaço e febre, podendo durar entre 2 a 5 dias.

A mastite lactacional pode estar relacionada a alguns fatores, como machucados no mamilo, ductos mamários obstruídos, alta produção de leite e alteração de frequência das mamadas (como nos casos em que a mãe volta a trabalhar e altera a rotina de amamentação).

Quando não tratada, a mastite pode levar a um abscesso mamário que precisa ser drenado cirurgicamente. Portanto, ao identificar os sintomas comuns da mastite a mulher deve obter um diagnóstico e orientações sobre o tratamento com o seu ginecologista ou mastologista de confiança.

Não se esqueça que a maioria das alterações mamárias são benignas mas que, mesmo elas, requerem avaliação médica para identificar a melhor forma de tratamento, que poderá ser apenas com medicamentos ou, por vezes, com procedimentos cirúrgicos.

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